Ecos de Casével

Ecos de Casével
Jornal digital de Casével

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Cartaz dos furos - Brindes


Hoje trago à memória um dos muitos cartazes de furos, ou furinhos, que pelos anos 60 e 70 faziam parte do cardápio de qualquer café ou mercearia de aldeia. Claro que na “loja” dos meus pais em Casével-Famalva, não poderiam faltar estes brindes e furos!  Com a ponta de uma caneta ou lápis pressionava-se no centro de um dos muitos quadradinhos e extraía-se um pequeno círculo de cartão (chamado bucha) que normalmente tinha uma letra ou um número impressos e que por sua vez indicavam qual o prémio saído em sorte, normalmente chocolates e guloseimas mas também brinquedos. Contudo, os meus preferidos eram os cromos dos jogadores de futebol e os cromos do Eusébio e claro… da bola eram os mais apetecíveis e raros!!!
Havia buchas especiais com cores específicas que davam prémios especiais, assim como para o último furo de cada quadrante e o último furo do cartaz, que todos desejavam mas que invariavelmente saíam ao pessoal da casa. Claro está que ao lado morava sempre o expositor com os prémios mais importantes presos por elásticos, a apelar ao jogo.
Estes cartazes tinham vários editores e vários temas, variando de região para região, mas um dos mais simples e populares corresponde à réplica que publicamos acima, isto é com quadrantes coloridos integrando os emblemas dos principais clubes de futebol, invariavelmente o Benfica, Sporting e Porto e um quarto que tanto podia ser o V. de Setúbal como o Belenenses ou outro clube popular na região onde era feita a venda dos cartazes.

O futebol, tal como no Cartão Brinde Popular, era um dos temas preferidos para este tipo de jogos.




terça-feira, 21 de julho de 2015

Viagem do homem à lua

Passaram ontem 46 anos (20 de Julho de 1969) sobre a primeira chegada do Homem à Lua. Foi pela missão Apollo 11, integrada pelos astronautas norte-americanos, Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins. Trago aqui esta efeméride porque ontem à tarde ouvi na rádio esta evocação e fez-me recuar à minha infância ainda vivida em Casével(Famalva), num tempo em que que energia elétrica ainda tinha chegado à nossa querida terrinha.
Recordo vivamente  o aviso solene da minha querida mãe (Maria José) de que se queria ver aquele solene acontecimento, pela hora tardia do mesmo (2/3h da madrugada), só o poderia ver se dormisse a sesta. Algo que detestava e agora...adoro!  E como os conselhos das mães são sagrados e indiscutíveis, lá dormi a sestinha e deliciei-me a ver a transmissão na Casa do Povo de Casével (Comenda) e a observar que esmagadora maioria dos presentes dormia...o belo sono dos justos. Velhos tempos!!!
Pessoalmente, recordo-me  razoavelmente de assistir à transmissão do acontecimento pela RTP, a preto-e-branco. Fascinavam-me todas aquelas imagens do Centro Espacial, com vários cientistas rodeados de tecnologias a comunicarem com os astronautas. 
Na minha inocência de criança recordo-me de à noite vir para o exterior olhar para a lua a tentar ver os astronautas e o módulo lunar. Para além da Apollo 11, mais 5 missões tiveram êxito e ao todo 12 astronautas norte-americanos tiveram o raro privilégio de pisar o solo lunar. 
 Tal como proferiu Neil Armstrong no momento histórico (pelos vistos de forma ensaiada e não espontânea), tratava-se de "um pequeno passo para o Homem mas um grande salto para a Humanidade". 
Decorrido todo este tempo, e apesar do sucesso de outras missões posteriores à Apollo 11, e apesar da importância do assunto para os rivais na corrida espacial, a União Soviética (URSS), a verdade é que ainda vão ganhando adeptos algumas teorias de fraude, defendendo e tentando provar que tudo o que foi divulgado à volta da 1ª chegada do Homem à Lua foi forjado algures num deserto dos Estados Unidos. 
Quanto ao dia propriamente dito, era criança mas recordo-me do acompanhamento dado pela RTP, em plena era do preto-e-branco. Segui o assunto com a curiosidade e fascínio próprios da idade e à noite não evitava ir à rua e olhar de boca aberta para o céu noturno, tentando, em vão, ver os astronautas a passearem na Lua, aos saltinhos nos seus fatos espaciais.