Ecos de Casével

Ecos de Casével
Jornal digital de Casével

sábado, 26 de maio de 2012

Uma flor deste tempo

Recordo-me em criança ver por este tempo na minha terra os campos todos pintados de amarelo dos malmequeres, o roxo dos rosmaninhos e outras flores selvagens de múltiplos tons, sobressaindo as rubras papoilas
Já por aqui, o vermelho das papoilas sobressai no fundo verde dos “semi-campos” e no “Dia da Espiga” é prática colher pela manhã espigas, ramo de oliveira, papoilas, malmequeres e com elas formar um raminho, que é vendido para guardar dentro da casa ao longo do ano até ao Dia da Espiga, do ano seguinte.
Todos os anos era comum fazer-se o ramo da Espiga, fazendo um ramo três espigas, três papoilas, três raminhos de oliveira, três malmequeres amarelos e três ervas de prata depois do ramo feito ata-se com um fio e ata-se uma carcaça, ou um bocado de outro pão para que não falte o pão em casa durante o ano, o pão fica rijo mas não apanha nada de bolor durante o ano.
O costume em Casével era fazer a bênção dos primeiros frutos e apanhar “a espiga”, mas como alguns casevelense residem em municípios portugueses e países como França, Alemanha, Suíça, onde Quinta-Feira da Ascensão é feriado, achei interessante escrever sobre a tradição do ramo a que se chama de “espiga” e fotografei a flor que representa o sangue das 5 chagas de Cristo, para todos os amigos bloguistas que nos visitam aqui.

Boas Colheitas.

domingo, 20 de maio de 2012

AS DEBULHAS

Casével foi desde sempre uma freguesia essencialmente agrícola, aliás como se pode visualizar na sua heraldica. A produção de trigo assumiu sempre uma posição cimeira no conjunto da economia casevelense, não só para consumo interno como para venda. Foi, até aos anos 60, a base do sustento de muitas famílias que se dedicaram ao trabalho agrícola e uma fonte de recrutamento de mão-de-obra, não só para a ceifa como também para a debulha.
O trabalho nos tempos mais recuados era feito na eira por animais que repisavam o trigo durante horas, até ficar separado da palha.
Os trabalhos na eira davam emprego a muitos jovens que demandavam as casas dos maiores proprietários, como também a muitas mulheres. E por altura das ceifas e debulhas havia festa com cantos e bailaricos.

Mas este sistema de trabalho foi desaparecendo com o aparecimento das debulhadoras. Não tenho dados precisos para a chegada destas máquinas a Casével, mas há notícias para algumas freguesias rurais nos finais dos anos 30. Um testemunho da época refere que uma debulhadora pode “debulhar trinta ou quarenta moios num dia. Esta abundância corresponde a trinta ou quarenta eiras paralisadas com os seus cento e cinquenta ou duzentos empregados, isto só num dia".
Em volta dos montes e de roda das aldeias, buscavam-se lugares planos, com o terreno firme, de preferencia rochoso, onde se faziam as eiras. As primeiras eram de planta circular, maiores ou menores, conforme a abastança e o tamanho da corda que prendia as mulas, "bestas", forçadas a andar de roda vezes sem fim para pisar o cereal, a fava e o grão por debulhar
Tinham de ficar em sitio descampado para melhor apanharem o vento e com a orientação devida, para não encherem as casas de palhuço quando as forquilhas de pau se levantavam ritmadas, oferecendo a colheita à maré.
Depois das debulhas feitas à custa de braço, entrou em cena a tecnologia. Surgiram as primeiras máquinas debulhadoras movidas à força do vapor, verdadeiros encantos de potência e desembaraço que pelo modo como aliviaram a faina, ganharam a simpatia das gentes. Eram miradas na passagem e admiradas no desempenho.
Tornaram-se vultos de ferro e simpatia, motivos de admiração e de algum afecto, a pontos de serem designadas por um nome próprio. Anos depois, vieram as debulhadoras fixas mais ligeiras, de cor amarela no seu tabuado.
Ceifado o pão e depois de enroleirado, era carregado para as ditas eiras. Só para as maiores que se enchiam de medas, dispostas conforme a variedade do cereal e segundo a dimensão da labuta.
Nas aldeias, havia debulhas nos largos e na eira da máquina, para onde os agricultores transportavam em carros, reboques e carrinhas a pequenez das suas colheitas.
Mas as debulhas tinham grande encanto. Faziam soltar o sortilégio da abastança mesmo que esta fosse curta. Representavam o momento efectivo da devolução pela terra, em forma de semente, do trabalho nela investido em canseiras múltiplas.
Corriam nas conversas as finezas e as desgraças de todas as searas. Este fundiu bem,"quantas sementes deu", ou "aquele nem dobrou a semente". Foi por causa da chuva, porque não espigou, pegou-lhe a aforra, não foi bem tratado, a sementeira traçou-lhe logo um mau fim.
E dantes os anos, muitos anos à fio, eram ruins. Feitas as contas, não sobrava nada.
Mas apesar disso, as debulhas tinham o tal sortilégio de provocar encanto e de desenvolver uma mística de alguma paixão bucólica.
Esperava-se com frenesim a chegada da máquina e contavam-se os dias que faltavam para a ver aproximar-se, lentamente, bamboleando-se, de tombo em tombo, pela estrada velha. Lá vinha toda aquela arrearia, toda aquela gente, todo o movimento que o pessoal da máquina,durante dias, gerava na freguesia sempre sossegada.
Encostavam a debulhadora à primeira meda, descarregavam a torgia, acilhavam, travavam os rodados de ferro, preparavam tudo com o preceito sabido.
Diante da máquina, à distância da correia de lona grossa, tomava posição o tractor que depois, dias a fio, fazia zunir as engrenagens. Mais afastada ainda, ficava a barraca, melhor dizendo, um toldo, feito de sacas esticadas atadas nas extremidades de quatro paus ou varolas. O bastante para fazer sombra. Juncava-se o chão para dar fresquidão e por ali ficavam as quartas de água e uns banquinhos. tipo mochos, onde o pessoal vinha descansar quando era rendido.

O tractorista, "o mestre da máquina" andava por ali, para observar o maquinismo. O saqueiro, aparava a semente, despejava os desperdícios, contava os sacos e tirava a maquia. Lá em cima, mais perto do sol ,andavam os fiscaleiros e os alimentadores, tentando atafulhar a goela larga da debulhadora. Mas ainda cá em baixo, mais perto do inferno, sofria o homem da moínha, coberto de pó, enroupado com sacas, com um lenço a tapar a cabeça, empapado em suor, aparando os restos que o fagulheiro deitava.
À sombra do toldo juntavam-se também os cães do monte, um gato ou um galo que o pessoal da máquina gostava de trazer.
Como eles, os moços procuravam o fresco do verde. Na hora do descanso os homens descansavam e saciavam as goelas secas bebendo "uns copos" ou umas "cucas" que tinham sido postas a refrescar no fundo de um poço. De quando em vez, feita certa conta de sacos, o saqueiro ou o mestre tocava um apito para a rendição.
À noite, depois da ceia, ia-se dormir na eira, ao relento, embrulhados na palha caso refrescasse.
Embora a modernização tenha contribuído para a diminuição do emprego, a produção de trigo aumentou até aos finais dos anos 60 e meados de 70. Épocas houve em que no último dia da ceifa levavam bandeiras empenachadas com ramos de espigas loiras.
Seco e arrumado o trigo, o lavrador garantia o seu sustento. E todas as semanas o moleiro batia-lhe à porta para levar o cereal. E todas as semanas o pão de trigo, que era um luxo, saía do forno, quente e bem cheiroso para regalo da família.
Vivi todas estas situações atrás descritas porque o meu saudoso pai, Júlio Rodrigues, "bilharó", foi durante muitos anos "mestre da máquina". Primeiro acompanhei toda a envolvência das debulhas em Casével e arredores "na desportiva", com as brincadeiras de criança, pois ia levar-lhe também as refeições. Mais tarde, já foi mais "a doer", a trabalhar, a cortar arame para fazer o fardos,"ai que calor e pó!", nas Curvaceiras e Paialvo, freguesias do concelho de Tomar.
Um momento que suportei com mais dificuldade foi quando o meu pai perdeu o indicador da mão direita ao ser cortado no "caracol" da máquina. Ele achou inadvertidamente, que podia resolver uma avaria mesmo com a máquina a trabalhar!!

Mais tarde aparecem as ceifeiras-debulhadoras e as debulhas nas eiras torna-se mais reduzida.
Foram tempos muito difícieis e trabalhosos, mas que apesar de tudo guardo com muito carinho e nostalgia.

 


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Panela ao lume

Com os tempos de crise económica que varrem este nosso pobre país, no sentido da redução de custos nos orçamentos familiares, começam já a ser adoptados alguns expedientes ou práticas comuns há três ou quatro décadas atrás. Uma dessas situações tem a ver com a poupança nos gastos com electricidade e gás, cozinhando-se com lenha, na lareira, pelo que voltam a estar em uso, pelo menos em ambientes rurais, as velhinhas panelas de ferro que noutros tempos tantas vezes vi na lareira da casa paterna. E que saborosa era a comida que daquelas panelas enegradas de fuligem saía…
Adaptadas a essa função estavam as panelas de três pernas, em ferro fundido. Nesses tempos eram presença obrigatória nas feiras e mercados, vendidas em diferentes tamanhos.
A imagem que publico relaciona-se com os tempos das debulhas nas eiras (sobretudo do trigo) em que era contratada uma cozinheira que preparava as refeições de (quase) todo o rancho que aí trabalhava.
Lembro-me bem de uma dessas cozinheiras que morava no Alqueidão e cujo irei investigar e aqui publicar.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Nostalgias-Pão caseiro

Hoje em dia o pão chega-nos fresco logo pela manhã, distribuído pelo padeiro da zona ou adquirido em qualquer estabelecimento de produtos alimentares.
Faz habitualmente parte das nossas refeições, mas é consumido de forma automática, sem sequer percebermos toda a lida que esteve por trás da sua confecção, em padarias modernas e automatizadas, aquilo que chamo "pão-plástico", porque se não cumprirem as normas europeias a ASAE "cai-lhes" em cima.
Mas nem sempre foi assim. Noutros tempos, principalmente em ambientes de aldeia, o pão para consumo durante a semana era confeccionado e cozido na própria casa.
Reavivando as memórias do meu tempo de criança, recordo que em casa dos meus pais, a exemplo de muitas outras famílias, existia o tradicional forno onde semanalmente, (quase todos os sábados), a minha mãe reservava a parte dia para cozer o pão.

Para isso existia um grande alguidar de barro, (alíás que um dia se partiu e que o meu pai, muito habilidoso "gateou") onde a farinha misturada com a água era amassada pela minha mãe, à força de braços e mãos.
Como era tradicional na minha região, era utilizada principalmente a farinha de trigo. A farinha de milho era muito raramente utilizada e apenas em ocasiões especiais.
O processo principiava na véspera, com a compra de um saco de farinha (10kg), na moagem do "Pitorro", em Torres Novas e depois íamos passar o fim-de-semana a Casével e nosso casal na Famalva é que no nosso forno cozíamos o pão.


À mistura de farinha e água quente era acrescentado o "fermento inglês", chamado de crescente, que era um pouco de massa guardada da anterior amassadura. Este fermento era indispensável à levedura da massa.
Recordo que quando a cozedura não era semanal, era necessário arranjar o crescente fresco pelo que era usual ir pedir a uma das vizinhas, ou então ia comprá-lo ao Alqueidão, à loja do "Sr. António Jaime", pois era um risco usar fermento fora de prazo.
Depois de preparada a massa, esta era aconchegada num dos cantos da masseira. Era feita uma cruz em baixo relevo, com o topo inferior da mão.
Depois era feita a tradicional benção.
A minha mão rezava assim:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:
S. Vicente te acrescente,
S. Mamede te levede e
S. João de te faça pão.
Amem.
Por vezes rezava-se uma Avé-Maria.
Esta reza, ou esta benção, tem alguns pontos comuns noutras regiões do país mas, naturalmente, apresenta-se de forma diferente, mais simples ou mais complexa.

Eis alguns exemplos que recolhi aleatoriamente em diversos sítios da internet.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:
S. Vicente te acrescente e
S. João de te faça pão.
Deus de acrescente
Dento de forno,
E fora do forno
E a quem te comer.
São Vicente te acrescente
São Romão te faça pão
O Senhor te ponha a virtude
De mim fiz eu o que pude.
S. Vicente te acrescente,
S. Humberto te levede,
S. João te faça pão,
Para comer e p'ra dar.
Deus te queira acrescentar.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Reza-se então um Padre Nosso e Avé Maria.
S. Vicente te acrescente,
S. Mamede te levede,
S. João te faça pão,
E Deus Nosso Senhor te deite
Sua divina benção.
O Senhor te acrescente,
E te queira acrescentar,
Para comer e mais para dar.
Em nome do Pai, do Filho
E do Espírito Santo, Amén.
S. João levede o pão
S. Vicente te acrescente
Sta. Marinha levede a beijinha
Em honra de Deus e da Virgem Maria
Um Pai-Nosso com uma Avé Maria
S. Vicente te acrescente,
S. Sebastião te faça bom pão e
Deus te cubra de divina bênção.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
São Vicente te acrescente,
Sã Mamede te levede,
E todas as almas santas
Te ponham a sua virtude.
São João te faça pão,
Com a graça de Deus e da Virgem Maria.
Cresça ó pão no forno
E o bem pelo mundo todo.
Nós a comer e ele a crescer,
Que não possamos vencer,
P’rá minha alma quando for
O eterno descanso, Senhor.
Para a massa levedar
S. Vicente te acrescente
S. João te faça pão.
Em louvor da Virgem Maria
Um Padre-nosso e uma Avé Maria.
Quando a massa se mete no forno
(com a pá faz-se uma cruz)
Cresce o pão no forno.
Ele a crescer
Nós a comer
Nunca o poderemos vencer.
Deus que te levede
Deus que t’acrescente
Com a graça de Deus e da Virgem Maria
Um Pai-Nosso e uma Avé-Maria

S. Mamede te levede
S. Vicente t’acrescente,
S. João de ti faça bom pão,
Deus te ponha a virtude
Que da minha parte fiz tudo que pude.
Um Pai-Nosso e uma Avé-Maria.

O Senhor te levede
S. Pedro te acrescente
E o Senhor te faça pão
Com o poder da Virgem Maria
Um Pai-Nosso e uma Avé-Maria
IV
S. Vicente t’acrescente,
S. Mamede te faça pão,
Em louvor de Santiago
Não fiques nem insosso nem salgado

São João te faça pão,
S. Mamede te levede,
S. Vicente t’acrescente
Em louvor de Deus e da Virgem Maria
Um Pai-Nosso e uma Avé-Maria.

S. Crescente t’acrescente
S. Mamede t’alevede
S. João te faça pão
E Deus te cubra de benção
VII
S. João te levede
S. João t’acrescente
S. João te faça pão
Pelo poder de Deus e da Virgem Maria
Um Pai-Nosso e uma Avé-Maria.
Como se verifica, o S.Vicente está presente na quase totalidade dos exemplos. Apesar disso, S. Mamede, também muito participativo, é considerado o padroeiro do pão.
Depois de feita esta benção, a massa era coberta com um lençol e um cobertor quentes e era fechada o tabuleiro. A levedura, dependendo da quantidade de massa, poderia durar mais ou menos uma hora.
Entretanto o forno já tinha sido acendido e nele laborava uma boa fogueira durante pelo menos duas horas para esquentar bem.

Quando a massa estivesse preparada, o forno era limpo dos resíduos da fogueira e varrida a cinza.
Depois, em cima de uma pá de madeira, era colocada uma camada de farinha fina e sobre ela era colocada uma porção de massa, entretanto preparada em forma de bola. Uma vez na pá era ligeiramente moldada de forma a ficar com uma base plana. Depois de assim preparada era introduzida no forno. Este processo era repetido de acordo com a quantidade de pães e merendeiras. Normalmente a minha mãe cozia quatro a cinco pães e outras tantas merendeiras.

Uma vez fechada e vedada a porta do forno, esta era benzida com o Sinal da Cruz, feito com a pá. Estava terminada a tarefa pelo que restava aguardar uma a duas horas, conforme o tamanho do forno, a sua capacidade de aquecimento e da quantidade de pão.
Um dos momentos mais apetecidos era o da abertura do forno, pelo qual saía uma bafarada quente com aroma a pão quente. Só isso confortava a alma pelo que a barriga só depois de arrancado um naco de merendeira. Era conveniente, contudo, deixar arrefecer um pouco pois o ditado popular dizia que "Pão quente, diabo no ventre", o que significa que é perigoso comer pão muito quente.

O pão então era colocado num tabuleiro de madeira e coberto com um cobertor e assim serviria para a companhar as refeições durante toda a semana. Claro que também servia de petisco fora das refeições, acompanhando uma mão-cheia de azeitonas, queijo seco do azeite ou um pouco de chouriço ou presunto.

Com o avançar dos anos, estas práticas deixaram de ter lugar na maioria das famílias e já mesmo na nossa freguesia são raros os exemplos deste tipo de confecção caseira. Claro que ainda subsistem, principalmente em aldeias do interior, ainda muito dependentes de uma agricultura de subsistência, mas são uma espécie em vias de extinção. Na minha aldeia ainda há casas que produzem semanalmente pão caseiro, seguindo praticamente os métodos artesanais de tempos antigos, mas infelizmente já são raros.

terça-feira, 8 de maio de 2012

TRADIÇÕES

As festas e romarias são sempre ponte de interesse, tanto para os visitantes como para os populares. Nesta freguesia celebra-se uma festa a 15 de Agosto em honra da nossa padroeira, caracterizada pela extravasão da alegria dos habitantes. Esta festa é sempre muito concorrida.


Festa de Nossa Senhora da Assunção
A morte da Virgem Maria chama-se Dormição, porque foi sonho de amor. Não foi triste nem doloroso; foi o cumprimento dum desejo. É probabilíssimo e hoje bastante comum a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos apóstolos. A tradição antiga localiza a sua morte no Monte Sião na mesma casa em que seu filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os apóstolos. Hoje, sobre a parte da área que a Basílica de Constantinopla ocupou, levanta-se a "igreja da Dormição" magnífica rotunda de estilo gótico, consagrada em 1910, cujas pontiagudas torres se descobrem de todos os ângulos de Jerusalém. Por meio da Constituição Apostólica "Munificentissimus Deus" definiu Pio XII esta doutrina como dogma de fé.
Mas a diversão da população não se fica pela festa anual, há ainda os jogos tradicionais, praticados em épocas de lazer, por grandes e pequenos.
Eis alguns deles:

Jogo do Chinquilho
O jogo do chinquilho consiste no arremesso de uma malha de forma a derrubar um pino, que se encontra a cerca de dezoito metros de distância. Cada derrube do pino vale dois pontos, quem conseguir ter a malha mais próxima do pino obtém mais um ponto. O jogo termina aos vinte e quatro pontos.
O jogo do Chiquilho faz parte do entertenimento do Povo nas tardes de Domingo, era sempre jogado á porta de uma Taberna , o povo de desde há muitos anos sempre teve a tendência para o jogar  Chinquilho.
As tabernas, praticamente já não existem mas o jogo continua..." acartar ferro", como alguns jogadores dizem.

O Jogo do Pau
Este jogo era praticado exclusivamente pelo sexo masculino e consistia em atingir uma técnica de luta, em que a arma era um pau direito e liso, aproximadamente da altura de um homem, empunhado e manejado por cada um dos lutadores.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Classificações da prova de BTT: "Trilhos de Casével"

Baseados na página no Facebook da Comissão de Festas de Casével -2012, 
apresentamos as classificações da prova de B.T.T. "II Trilhos de Casével":



Resultados Finais: Senhoras 20 km
1ª - 235 Silvia Ribeiro - 1h57m
2ª - 216 Inês Rodrigues - 2h00m
3ª - 202 Ana Almeida - 2h03m










Resultados Finais: Masc.20 km
1º - 233 Rui Fatério - 1h08m
2º - 215 Helder Mendonça - 1h16m
3º - 211 Gonçalo Anastácio - 1h24m


















Resultados Finais: Masc.50km
1º - 540 Marco Lopes - 1h53m
2º - 537 Luis Nogueira - 2h01m
3º - 552 Rui Perreira- 2h02m














Equipa mais numerosa:
NÚCLEO DE CICLOTURISMO DE ALCANENA

domingo, 6 de maio de 2012

Casamentos - II




Dando sequência à secção de "Casamentos" apresentamos a foto do matrimónio, (depois de sete anos de namoro), dos pais do editor deste blog, Maria José Duarte e Júlio D`Assunção Rodrigues, realizado na Igreja Matriz de Casével no dia 15 de Novembro de 1952. Deste grande amor nasceram cinco "rebentos": a Estefânia Maria, a Maria Manuela, o António Manuel, a Maria José e o Vitor Manuel (falecido à nascença).
Esta foto tem a particularidade de ter sido tirada dois dias depois do casamento, em Santarém (Foto Sequeira),  pois na altura os fotógrafos quase que não se deslocavam aos casamentos.
Infelizmente esta união terminou com falecimento do meu pai na sequência de um brutal acidente de viação no dia 14/10/1990.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

2º Passeio BTT Trilhos de Casével


No 1º de Maio, pela manhã, a simpática população foi surpreendida por uma movimentação anormal. À volta de uma centena de bicicletas invadiram a Comenda. Era o início do  2º Passeio BTT Trilhos de Casével”, à descoberta dos encantos da freguesia de Casével.
A meio do percurso foi servido o reforço alimentar que iria aguentar os nossos estômagos ocupados e dar forças para pedalar (no nosso caso), os 20 quilómetros prometidos. Gostei muito de ver esta animação em Casével e satisfeito por tanta gente ter visitado a minha terra.
O bonito percurso, a chuva, a lama e a excelente organização foram os ingredientes muito bem conjugados para esta incomparável prova.
Tal com diz o rifão popular: "prova molhada, prova abençoada!". Parabéns à Associação Recreativa e Cultural de Casével, que hoje comemora mais um aniversário, por ter congregado tanta gente à volta deste projecto e ter organizado tão bem esta iniciativa.


As simpáticas casevelenses Donzília Garcia e Eugénia Albano, sempre ativas a dar de "beber à dor" dos betetistas!
À noite, com os músculos todos a doeram fruto dos muitos quilómetros com percursos incríveis nas encostas e vales de Casével, foi um final de  Dia do Trabalhador em cheio, recheado de dores, suores e sabores, no doce lar na capital ribatejana.